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Igreja Nossa Senhora do Brasil – 7ª Reunião – Antes de sua morte, Jesus quis cear com seus doze Apóstolos

7ª Reunião – Antes de sua morte, Jesus quis cear com seus doze Apóstolos

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7ª Reunião – Antes de sua morte, Jesus quis cear com seus doze Apóstolos

7ª Reunião – Antes de sua morte, Jesus quis cear com seus doze Apóstolos

a.  A Páscoa judaica – a Páscoa de Cristo – a Páscoa dos cristãos

A celebração anual da páscoa judaica serviu de moldura à instituição da Eucaristia. Com sua última ceia, Jesus celebrou a páscoa anual judaica. Nela, como cabeça da comunidade apostólica, Jesus se desincumbiu das atribuições que o complexo ritual judaico confere ainda hoje ao pai de família.

Com todos reunidos o Pai de família faz uma longa explicação da páscoa, que permite a cada um dos presentes ver no acontecimento do Êxodo, a sua salvação, e por isso estão ali envolvidos no evento da páscoa.  Assim, de geração em geração, cada um é obrigado a se ver como tendo saído do Egito para receber a terra prometida (cf. Ex 13,8; Dt 6,23). Todo o envolvimento salvífico está em torno da comunhão de um cordeiro que os judeus comem concluindo a ceia, o sacramento do cordeiro pascal instituído na véspera da passagem do Mar Vermelho.

Ao celebrar a última Ceia com os Apóstolos, Jesus deu o sentido definitivo à páscoa judaica. Nesse quadro, Jesus instituiu a nova Páscoa, que iria acontecer no dia seguinte, na passagem de Jesus ao Pai, pela sua Morte e Ressurreição, prolongando e levando à plenitude a comunhão com o antigo cordeiro pascal.

Do ponto de vista da fé, há uma diferença substancial entre o contexto da ceia judaica e a eucaristia cristã. Na ceia judaica, se trata de pão e vinho comum, embora sejam abençoados. Na Eucaristia cristã os elementos da ceia se transformam, não são mais um pão comum e uma bebida, mas a carne e o sangue de Jesus Cristo.

 b. O sacramento da Eucaristia – o que é?

Jesus na última Ceia instituiu o Sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue. O termo sacrifício significa uma oferta a Deus ou à divindade, oblação, imolação etc.; a palavra grega Eucaristia significa boa graça, ou seja, ação de graças. Então, a última Ceia não foi uma refeição comum, mas uma refeição sacrifical e eucarística, uma oferta a Deus do seu Corpo e do seu Sangue e de ação de graças.

A Eucaristia perpetua o Sacrifício da Cruz. Ir à Eucaristia é ir ver Jesus na Cruz, é estar com Ele como esteve Maria, sua Mãe, é olhar para Ele como olharam os que O amavam. Mas é também alimentar-se d’Ele, como os discípulos na última Ceia, é deixar-se transformar por Ele, é sentir em si a vida d’Ele, é aprender das suas palavras o que Ele tem para ensinar, é, com Ele, desde agora, viver em união com o Pai e com o Espírito Santo, é encontrar o Céu na terra.

Quando terminou a última Ceia, Jesus disse aos seus discípulos: “Fazei isto em memória de mim” (cf. Lc 22,19; 1Cor 11,23-25). Repetir esta ação em memória de Cristo e por seu mandato, é sempre fazer o seu memorial, é sempre tornar presente o que Ele fez, a sua última Ceia, o seu Corpo e o seu Sangue, as suas palavras e o seu Espírito, mas é também tornar presente a Ele próprio que presidiu a essa Ceia, é descobrir a Ele na pessoa do seu ministro e na comunidade que se reuniu.

A Eucaristia é o coração e o ponto culminante da vida da Igreja, o tesouro mais precioso que ela possui.

c.  A presença de Cristo: na mesa da Palavra e na mesa da Eucaristia

A Missa consta de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes estão de tal modo ligadas entre si que constituem um único ato de culto. Não há Missa só com uma delas.

A liturgia da Palavra é a proclamação no ambão (mesa da Palavra) as leituras e o Evangelho. O objetivo da liturgia da Palavra é instruir-nos e levar-nos a encontrar Cristo, Pão vivo, foi assim que Jesus procedeu com os dois discípulos na estrada de Emaús. Primeiro falou-lhes (liturgia da palavra) e depois pôs-se à mesa com eles, partiu o pão e deu para eles (liturgia eucarística). Foi só então que que seus olhos se abriram e O reconheceram. Sem a palavra das Escrituras não se chega ao pão da vida, mas é este que abre definitivamente os olhos da fé e leva a reconhecer Jesus.

A liturgia eucarística é a apresentação do pão e do vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão. Foi a partir das palavras e dos gestos de Cristo na última Ceia que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística. Do mesmo modo que Jesus mandou fazer os preparativos para comer a sua Páscoa, assim se faz agora para a Eucaristia, nas nossas Igrejas.

d.  Os frutos da comunhão

Por que celebramos a Eucaristia? Celebramos a Eucaristia para obter do Pai o corpo eclesial e místico. A comunhão não nos é dada somente para receber Jesus no coração. Utilizamos na oração eucarística muitas vezes o termo “epiclese”, que significa súplica, pedido; e o termo “anamnese” que significa memorial, memória.

Na celebração da Eucaristia a assembleia, pelo seu presidente, pede ao Pai que envie o Espírito Santo sobre o pão e o vinho para transformá-los em corpo sacramental, afim de que todos que receberem a comunhão sejam transformados num só corpo, o Corpo Eclesial e Místico. Este pedido ao Espírito Santo implica transformações nos fiéis com repercussões nas áreas éticas, sociais, familiares e profissionais que este pedido comporta.

Entrando na Igreja, levamos conosco tudo o que se vive de alegrias e angústias, para vivê-las naquela relação particular com Deus e com os outros. E quando saímos da Igreja trazemos conosco compromissos de vida pessoal. Uma Eucaristia sem compromissos, se torna um passatempo, um culto vazio. Por isso, na Eucaristia louvamos e pedimos ajuda a Deus.

A comunhão aumenta a nossa união com Cristo, a conserva, e renova a vida da graça recebida no Batismo. A comunhão nos separa do pecado, fortalece a caridade, nos preserva dos pecados mortais futuros. A Eucaristia faz a Igreja, nos unindo intimamente a Cristo.

e.  Na Última Ceia a instituição do sacramento da Ordem

Jesus, na última Ceia, deu aos doze Apóstolos ali reunidos o encargo: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19; 1Cor 11,24). Não podemos compreender as palavras da instituição do sacramento da Ordem separadas do conjunto da vida e atuação de Jesus. Jesus fazia refeições com pessoas marginais e pecadoras em estreita conexão com a mensagem central do Reino de Deus.

Na última ceia, Jesus não tem apenas um olhar retrospectivo para a salvação de Israel, mas antevê a salvação definitiva do Reino de Deus. Efetuar essa memória foi o encargo dado aos Doze, designados por Lucas como Apóstolos (cf. 22,14). A celebração eucarística é, portanto, fonte e objetivo da existência sacerdotal. A comunidade cristã primitiva compreendeu o significado central da Eucaristia e assumiu o encargo de Jesus: fazei isto em memória de mim.

f.  Os três graus da Ordem

O ministério eclesiástico é exercido em diversas ordens pelos que desde a antiguidade são chamados Bispos, Presbíteros e Diáconos. A Igreja reconhece dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconato se destina a ajudá-los e servi-los. Não obstante, os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o de serviço (diaconato) são conferidos por um ato sacerdotal chamado ordenação, isto é, pelo sacramento da Ordem.

g.  Os efeitos desse sacramento e a graça

O sacramento da Ordem torna a pessoa semelhante a Cristo por meio de uma graça especial do Espírito Santo, para servir de instrumento de Cristo em favor de sua Igreja. Pela ordenação, a pessoa se habilita a agir como representante de Cristo, cabeça da Igreja, em sua tríplice função: sacerdote, profeta e rei. Como no caso do Batismo e da Confirmação, esta participação na função de Cristo é concedida uma vez por todas.

O sacramento da Ordem também confere um caráter espiritual indelével e não pode ser reiterado nem conferido temporariamente. A vocação e a missão recebidas no dia da ordenação marcam a pessoa para sempre. A graça do Espírito Santo própria deste sacramento é a graça da configuração a Cristo Sacerdote, Mestre e Pastor, do qual o homem ordenado é constituído ministro.

No caso do Bispo, a graça o impele a guiar e defender com força sua Igreja com amor por todos e predileção pelos pobres, doentes e necessitados. No dom espiritual conferido pela ordenação presbiteral, a graça impele o sacerdote a manter-se irrepreensível diante do altar, anunciar o Evangelho, cumprir o ministério da Palavra, e renovar o povo de Deus. Quanto aos diáconos, a graça sacramental lhes confere a força para servir na diaconia da Liturgia, da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e seu presbítero.

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