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Igreja Nossa Senhora do Brasil – 6ª Reunião – Jesus Cristo aceitou o seu sofrimento e a sua morte

6ª Reunião – Jesus Cristo aceitou o seu sofrimento e a sua morte

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6ª Reunião – Jesus Cristo aceitou o seu sofrimento e a sua morte

6ª Reunião – Jesus Cristo aceitou o seu sofrimento e a sua morte

a. Jesus aceitou voluntariamente o seu sofrimento e a sua morte

Conforme atesta o Novo Testamento a fé em Jesus Cristo não seria possível sem a ressurreição. Antes da Páscoa, os discípulos tinham uma fé em Jesus pouco amadurecida. Uma fé maior só se desenvolveu após a experiência pascal e Pentecostes. A partir desse momento, eles vão compreendendo o sentido das atitudes, das opções, da mensagem e da morte de Jesus.

A Páscoa é o ponto de partida para a reflexão cristã sobre Jesus. Ficam assim iluminados o sentido e o significado da vida e morte de Jesus. A existência terrena de Jesus passa a ter o sentido libertador, quando os cristãos a entendem à luz da experiência pascal. Jesus, morto e ressuscitado, é percebido em duas etapas distintas: a etapa da fraqueza, modo de existir segundo a carne; e a etapa da plenitude do Espírito, modo de existir segundo o Espírito (Rm 1,3-4; 1Tm 3,16; 1Pd 3,18). Essas duas formas explicam diferentes colocações na Bíblia: Paulo mostra o Cristo ressuscitado e glorificado; e os sinóticos nos mostram o Jesus terrestre.

A morte e ressurreição une as duas colocações do Novo Testamento, embora apresentando duas etapas distintas da existência de Jesus Cristo. Seguindo esse raciocínio podemos passar a entender que a pretensão de Jesus resultou em sua prisão, tortura e morte de cruz. Mas a derrota da morte na cruz se transformou em vitória da vida na ressurreição.

Os evangelistas descrevem os passos mais significativos da caminhada de Jesus entre o Getsêmani e o Gólgota. Qual a consciência de Jesus a respeito de sua morte? A partir da sua caminhada, Jesus foi percebendo cada vez mais que sua morte seria violenta. A pregação de Jesus desestabilizava o sistema religioso e social predominante entre os judeus.

Em primeiro lugar, a morte de Jesus foi uma consequência do tipo de vida assumida por ele em conformidade com seu messianismo e a vontade do Pai. Jesus assume e vive a vocação de servidor, porque essa era a vontade do Pai.

Em segundo lugar, é importante ressaltar que Jesus quis revelar um Deus de amor que respeita a vontade e a decisão do ser humano. Assim, assumindo o caminho de serviço, a vontade do Pai e respeitando a decisão humana, Jesus aceitou voluntariamente seu sofrimento e morte na cruz.

b. O discípulo de Jesus diante do mal, do sofrimento e da morte – como reagimos?

Ainda hoje ficamos perplexos diante da cruz de Jesus. A cruz se tornou um símbolo fundamental do cristão, porque ela constitui a expressão máxima da entrega e do amor de Jesus. Devemos situar a cruz de Jesus no acontecimento histórico que a ocasionou, mas também perceber e assimilar que na cruz se manifestam o poder e a sabedoria de Deus.

A perplexidade do escândalo nunca desapareceu nas comunidades do Novo Testamento e para nós, hoje. A cruz de Jesus exige uma profunda revisão de como reagimos diante do mal, do sofrimento e da morte. Se não fosse por Jesus Cristo continuaríamos pensando que o pecado faz parte do ser humano. Só quando acompanhamos sua vida, suas opções, sua profunda experiência de Deus, reconhecemos que Jesus não podia ser um pecador. Entretanto, ele viveu as limitações inerentes à nossa condição humana marcada pelo pecado, pela fragilidade e pela morte.

c. A morte de Jesus na cruz não foi imposta por Deus a seu Filho

Se fala muito do valor salvador da morte de Jesus. O fato de termos sido salvos e remidos pela cruz, pelo sangue derramado no seu sofrimento, é uma afirmação fundamentada na fé do Novo Testamento e pela Igreja. A Igreja confessa que Jesus é a revelação de Deus, é o próprio Deus feito homem. Então, na cruz de Jesus devemos reconhecer uma revelação de Deus. É um Deus que se fez homem e servidor. Esta revelação aponta para uma direção diferente em nosso pensamento sobre Deus. A fé cristã proclama a chegada do Reino de Deus, acentua o dom de Deus para nós, a realidade libertadora do amor de Deus na luta para superar o sofrimento.

A morte de Jesus não foi imposta por Deus. O Deus de Jesus é um Deus solidário com o sofrimento humano. É um Deus que não está à margem do sofrimento humano e do mal, assumindo-os mediante Jesus Cristo, com solidariedade e amor para transformar a situação negativa em um futuro novo, tornando possível a esperança. A morte de Jesus foi a consequência de sua entrega ao Pai a os homens, de forma incondicional, absoluta, sem reservas nem fingimentos.

d. Jesus morre na cruz pela sua fidelidade ao plano de Deus – é uma consequência

Se Jesus tivesse assumido o caminho do poder dominador teria modificado radicalmente a revelação de Deus. Mas, sabemos que Jesus assumiu o caminho do serviço e da revelação de um Deus, bom, um Deus do amor (Ágape). A rejeição a este Deus por parte dos homens era uma possibilidade real, dado que este Deus não se impõe pela força, mas pelo amor. Uma vez que a rejeição se concretizou, a consequência foi a morte de Jesus na cruz pela sua fidelidade ao plano de Deus.

e. O sacramento do Batismo – renúncia ao mal e opção pelo bem

Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, nos tornamos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e participantes de sua missão. Este sacramento significa um nascimento a partir da água e do Espírito.

Jesus começa sua vida pública depois de se batizar por João Batista no rio Jordão, e após sua ressurreição confere aos apóstolos esta missão: “Ide, pois, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20). O Batismo purifica, santifica e justifica a pessoa para renunciar ao mal e optar pelo bem.

f. O que é o Batismo e o que produz?

O Batismo é o fundamento da vida cristã, a porta da vida do Espírito e dos demais sacramentos. O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais, o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo e templo do Espírito Santo. Com isso, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo, imprimindo na alma um sinal espiritual indelével, o caráter, que consagra o batizado ao culto da religião cristã.

g. Os três múnus recebidos – agir cristão

O Batismo de Jesus representa a escolha fundamental de Jesus. Logo após ter sido batizado e tentado no deserto, Jesus voltou para a Galileia impulsionado pelo Espírito Santo e ensinou nas sinagogas (cf Lc 4,14-15). Toda a atividade de Jesus aconteceu sob a ação do Espírito Santo recebido em seu Batismo. Cada momento de sua atividade pública foi marcada pela força desta unção.

Três são os efeitos da ação do Espírito Santo na vida pública de Jesus: ele é conduzido pelo Espírito a combater o mal (cf. Mc 1,12); é consagrado para levar a boa nova aos pobres (Lc 4,18); e no Espírito exulta de alegria e louva seu Pai (cf. Lc 10,21). Em suma, isso significa que o Espírito Santo o impeliu a lutar contra o demônio, pregar o Evangelho e orar ao Pai.

Nessas três realidades podemos ver expressas a tríplice unção de Jesus: régia, profética e sacerdotal. Esses três múnus ou efeitos recebidos por Jesus, em seu Batismo, são recebidos por nós, em nosso batismo. Pelo Batismo, o cristão é chamado a participar do múnus régio, profético e sacerdotal de Cristo.

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