A liturgia eucarística – 9ª parte
9º. Percebemos que alguns fiéis ainda têm o costume de se ajoelharem após o cântico do Santo até a conclusão da Oração eucarística e ficam de pé para recitar a oração do Pai nosso. Muitos, à guisa de piedade, durante a narração da Ceia e a elevação da hóstia consagrada e do cálice com vinho, se recolhem em fervorosa oração com o rosto entre as mãos, sem olhar a ação que se desenvolve no altar.
No banquete pascal hebraico, do qual deriva a Eucaristia cristã, os convidados ficavam de pé (Ex 12,11). Também para nós cristãos, a posição ritual de pé, evoca o próprio ser de ressuscitados com Cristo no batismo. Alguns, a partir daí, argumentam que os fiéis deveriam ficar de pé ao longo da inteira Oração eucarística. Entretanto, a Igreja atualmente orienta os seus fiéis a “se ajoelharem durante a consagração, a não ser que causas razoáveis não o permitam. Contudo … façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a consagração” (IGMR 43). É assim, certamente, devido à tradição dos últimos séculos, já tão enraizada na expressão corporal de adoração. Seria oportuno, em contexto apropriado, convidar os fiéis a um olhar contemplativo enquanto se repetem os gestos da Ceia do Senhor e se apresentam os sinais sacramentais à adoração. Um outro costume generalizado, mesmo não sendo previsto pelo missal, na hora da consagração, é o “toque da campainha”. As razões motivadoras do seu surgimento estão fora do contexto de hoje e já foram superadas. Na verdade, o toque da campainha, na maioria de nossas comunidades, permanece na praxe atual como sonoro despertar a atenção para as palavras e gestos da instituição da eucaristia. Na Diocese do Rio de Janeiro, o Sr. Cardeal Dom Eusébio orienta usá-la somente no momento da invocação (epiclese), ou seja, apenas o primeiro toque.
Atitudes exteriores durante a Oração eucarística.