Acolher para Celebrar assembleia e rito acolhedores, numa igreja aconchegante – 2ª Parte

a) Uma igreja bonita, aconchegante e funcional:

2º. Em cada bairro das nossas cidades há, normalmente, comunidades dos discípulos do Senhor. É natural que o local de reunião do encontro sacramental com o Senhor seja uma edificação acolhedora. Há um consenso natural do que é uma “boa casa”. Basta entrar em nossas casas para se perceber a importância que têm a ordem, a limpeza, a decoração, a beleza. A casa “boa” é aquela, antes de tudo, “cômoda”, isto é, disposta de tal maneira que corresponde a cada necessidade da família e de seus vários membros. O aproveitamento do espaço e a disposição dos móveis devem ser funcionais, respeitando as necessidades de vida e de atividades dos seus moradores. Se a casa não tem as características necessárias, ela é reestruturada ou fica sem serventia.

Esta percepção vale também para as nossas igrejas. A maioria foi construída antes do Concílio Vaticano II, quando havia uma separação acentuada entre o clero e o povo. Por isso, muitas igrejas, apesar das adaptações, não se encontram plenamente adequadas à liturgia renovada. A Instrução geral sobre o Missal Romano, no capítulo V – Disposição e ornamentação das igrejas para a celebração da Eucaristia – apresenta os princípios que regem a apresentação do espaço litúrgico-celebrativo: “Convém que a disposição geral do edifício sagrado seja tal que ofereça uma imagem da assembleia reunida, permita uma conveniente disposição de todas as coisas e favoreça a cada um exercer corretamente a sua função” IGMR 294.

Além disso, a igreja deve ser um “sinal”, expressivo e luminoso, da comunidade que ali se reúne e celebra. Funcionalidade e significação concorrem para a beleza do ambiente que acolhe a assembleia celebrante.

Uma igreja funcional e acolhedora à semelhança de uma casa aconchegante