A Liturgia da Palavra: Para um diálogo consciente com Deus que fala – 5ª Parte
5º. Na Liturgia da Palavra se realiza o que a Constituição do Vaticano II sobre a Revelação Divina (DV) diz da leitura de fé e orante da Escritura: “Nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem carinhosamente ao encontro de seus filhos e com eles fala” DV 21. Portanto, nela se atua o objetivo próprio da revelação: “o Deus invisível, levado por Seu grande amor, fala aos homens como a amigos e com eles se entretêm para os convidar a comunhão consigo e nela os receber” DV 2.
Estas verdades da tradição devem guiar seja a participação na Liturgia da Palavra, que exige a atividade interior de cada fiel na escuta de Deus que fala, seja as iniciativas pastorais para favorecê-las. Neste empenho deverá estar claro que “a mesma celebração litúrgica, que se sustenta e se apóia principalmente na palavra de Deus, converte-se num acontecimento novo e enriquece a palavra com uma nova interpretação e eficácia” OLM 3. Em alguns casos pode ocorrer que não se apreenda nada de novo, porém, a assembleia é posta diante do Senhor que fala e, portanto, ratifica a sua resposta de fé.
Celebrar a palavra de Deus não significa apenas aprender e instruir-se; mas também, aclamar, louvar, agradecer o Senhor que intervém com a sua palavra e entra em diálogo com Ele: diálogo ao mesmo tempo pessoal e comunitário.
Ler e ouvir a Bíblia com fé acolhedora e encarnada, para apreender a sua permanente novidade.