Uma ritualidade autêntica e significativa – 8ª Parte
8º- As explicações dos ritos cristãos não são arbitrárias ou fantasiosas, mas derivam do mundo bíblico, de onde se originou a maior parte deles. Também, formas rituais de outras proveniências foram adotadas pela Igreja, quando serviram para transmitir conteúdos da revelação e suscitar atitudes cristãs. Uma das questões mais delicadas na Igreja é a da inculturação, isto é, da absorção de formas culturais novas para dizer e significar a fé em Cristo e para manifestar o evangelho à pessoa crente e convertida.
Não se pode imaginar uma liturgia que fale por si mesma, a todos e em cada situação, sem pressupor nos participantes uma fé nutrida da cultura bíblica e capaz de relacionar o gesto ritual com a mensagem revelada e com uma vivência correspondente. O encargo de levar os fiéis praticamente a este conhecimento, para que se tornem celebrantes conscientes e ativos, começa já pela primeira catequese de iniciação, que deve ser também introdução à atividade litúrgica, além da doutrina da Igreja. Porém, esta catequese deve ter continuidade, pois a criança está ainda dentro de uma mentalidade mágica e o pré-adolescente é muito voltado sobre si.
Com base na experiência, pode-se dizer que quem não recebe uma formação litúrgica sacramental também quando jovem ou adulto, leva consigo uma concepção infantil, mágica e sentimental, da ritualidade cristã.
Explicar os ritos cristãos também aos adultos, sem pressupor o conhecimento de infância.