A missa no ano litúrgico – 7ª parte
7º. A dupla perspectiva do Natal, memória do nascimento de Jesus e celebração da vinda do Senhor glorificado, comporta também uma dupla perspectiva do Advento: reconhecimento dos sinais da vinda do Senhor na nossa história e espera, plena de esperança operosa, da sua vinda no final dos tempos. Seguindo inteligentemente a liturgia, pode-se educar para o discernimento da presença atual do Senhor, envolta em pobreza e fragilidade, e para levar a comunidade a ser sempre mais “epifania-manifestação” do Senhor.
A tensão cristã diante do futuro que Deus nos promete, se vive na serena esperança e com uma vida na prática do bem, longe das angústias que se manifestam com frequência em fatos desastrosos. O grupo litúrgico deverá estar atento a acolher, também no noticiário cotidiano, os sinais de uma expectativa “apocalíptica” apresentados por várias seitas e explicar nas assembleias, o quanto, ao invés, é construtiva a esperança cristã.
O tempo do Advento é também propício às iniciativas pastorais caritativas. Que as assembleias celebrantes se abram a tais iniciativas, fazendo notar como a obra cristã nasce de uma esperança celebrada comunitariamente. É a consciência do “gesto concreto” que deriva do Advento-Natal.
O ciclo Advento-Natal, espaço para iniciativas litúrgico-pastorais.