A Liturgia da Palavra: Para um diálogo consciente com Deus que fala – 10ª Parte
c) Uma palavra de Deus no hoje da assembleia.
10º. Os textos usados na Liturgia da Palavra proveem da Bíblia e dela não se pode prescindir se queremos celebrar a palavra que Deus quer dirigir ao seu povo. Deve-se evitar a pretensão e o erro de usar a Liturgia da Palavra como uma moldura ritualística, utilizando-se da homilia para assuntos diferentes daqueles dos textos bíblicos escolhidos e ordenados pela Igreja para aquela liturgia.
Pensar e agir assim, significa tolher o sentido das conclusões das leituras: “Palavra do Senhor”, “Palavra da Salvação”, às quais os fiéis respondem: “Graças a Deus”, “Glória a vós, Senhor”. Tal prática depreciativa do celebrante, incompreensível em muitos, é causa de indiferença dos fiéis e de esterilidade da própria pregação. É importante considerar os vários momentos de intervenções livres durante a Liturgia da Palavra como um serviço feito, seja ao texto bíblico, para que se torne falante, seja aos fiéis para que a compreendam e a assimilem na vida.
A homilia é o momento de expor, a partir do texto sagrado, os mistérios da fé e as normas da vida cristã. Ela é “uma proclamação das maravilhas realizadas por Deus na história da salvação ou mistério de Cristo” (SC 35).
“Assim, pois, a homilia, quer explique as palavras da Sagrada Escritura que se acaba de ler, quer explique outro texto litúrgico, deve levar a assembleia dos fiéis a uma ativa participação na Eucaristia, a fim de que vivam sempre de acordo com a fé que professaram. Com esta explicação viva, a palavra de Deus que se leu e as celebrações que a Igreja realiza podem adquirir maior eficácia, com a condição de que a homilia seja realmente fruto da meditação, devidamente preparada, não muito longa e nem muito curta, e de que se levem em consideração todos os presentes, inclusive as crianças e o povo, de modo geral as pessoas simples” OLM 24.
“Ela é proferida pelo próprio sacerdote celebrante ou é por ele delegada a um sacerdote concelebrante ou, ocasionalmente, a um diácono, nunca, porém, a um leigo” IGMR 66.
Para ajudar a assembleia a compreender aquilo que Deus lhe diz em cada Liturgia da Palavra.