Acolher para Celebrar assembleia e rito acolhedores, numa igreja aconchegante – 1ª Parte

1º. Uma ação pastoral procura sempre mais entender a realidade da assembleia litúrgica para servi-la com iniciativas pastorais adequadas. Observemos as nossas assembleias litúrgicas, para verificar se há pessoas deixadas à margem da celebração. Se a comunidade cristã quiser ser acolhedora, ela assim deve ser, sobretudo no momento e no lugar que se identifica especificamente como Igreja, isto é, na celebração litúrgica.

Na Ceia pascal, depois da refeição ritual, Jesus cumpriu um significativo gesto acolhedor com o lava-pés. Na hospitalidade oriental antiga, oferecer uma bacia de água para banhar os pés, cansados e empoeirados, e enxugá-los, era uma deferência com o hóspede que chegava. Normalmente eram os serviçais que faziam esse lavabo. O dono da casa reservava essa atenção às pessoas mais queridas e importantes. Entretanto, Jesus, Mestre e Senhor, lava os pés dos seus discípulos como um serviçal, ordenando-lhes fazer o mesmo (Jo 13,19-17). Não se trata de um conselho nem de uma exortação, mas sim, da marca identificadora do discípulo acolhedor (Jo 13,35). Jesus está dizendo à comunidade dos seus discípulos: “fazei isto que eu vos fiz”. É fundamental que os responsáveis pela vida litúrgica da comunidade cuidem do ministério da acolhida, considerando a inteira celebração.

Acolher a assembleia litúrgica é uma ordem do Senhor.