A liturgia eucarística – 17ª Parte
17º. A fórmula de despedida, dita pelo diácono ou pelo ministro presidente, não é um simples encerramento. Pelas palavras, “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe”, com as quais se exprime (o missal propõe cinco), ela indica a paz (em sentido bíblico: plenitude de vida e harmonia nas relações) como fruto da missa. Pensar a despedida como um “envio em missão” é sugestivo e verdadeiro, porém, em muitos casos, corre o perigo de se tornar fórmula vazia de conteúdo. Certamente nela se diz que a missa, com os seus valores de salvação e atitudes de obediência a Deus, continua na vida cotidiana.
Aquele que presidiu a celebração “pode com brevíssimas palavras encerrar toda a ação sagrada antes da despedida” (IGMR 31). As breves e concisas palavras ressaltem qualquer elemento emerso durante a celebração, augurando que, cada um dos presentes, viva-os na vida cotidiana. Mas poderá ser, também, uma palavra feita pelo comentador antes dos ritos finais, explicando o sentido da bênção em relação aos dons recebidos na celebração e orientando a assembleia a cultivá-los. A experiência dirá qual o modo mais oportuno, sem ligar-se a um só entre os possíveis.
A despedida como envio em missão, ou ao menos, como augúrio de uma existência fecunda de bem.