a liturgia eucarística – 3ª parte
3º. As ações rituais da Liturgia Eucarística encontram autenticidade cultural e expressão antropológica em uma refeição social festiva por ocasião de uma comemoração. As pessoas convidadas têm alguma coisa em comum: quando é a comemoração de um acontecimento familiar, as relações são de parentesco e amizade; quando o evento se refere à escola ou ao trabalho, as relações são estudantis ou profissionais; quando a celebração é religiosa, as relações são de fé e de pertença ao mesmo “credo”.
O momento culminante da reunião é a refeição celebrativa. A sua significação é expressa no discurso feito pelo presidente do encontro. O discurso (a oração) apresenta o motivo principal que relaciona os participantes, evocando o acontecimento passado no qual todos se encontram e se reconhecem. Este fato memorável desperta nos presentes sentimentos que dele derivam, desejando que aqueles sentimentos e aquela solidariedade continuem. Às vezes são lembradas as pessoas falecidas durante o ano e nomeadas aquelas ausentes que enviaram a própria adesão.
Assim é a Oração Eucarística que, proclamada pelo ministro presidente, confere a cada celebração o sentido de encontro e convívio eucarístico, convidando os fiéis a dar graças pela Páscoa do Senhor cuja memória é recordada e atuada mediante o sinal sacramental. É importante que toda a Liturgia Eucarística tenha um efetivo aspecto de convívio familiar e que a Oração Eucarística seja proclamada de modo a ser seguida, compreendida e acolhida pela assembleia.
Um modelo de referência para dar concretização antropológica-cultural ao rito eucarístico.